Muitos livros na segunda sessão de lançamentos das Correntes d'Escritas. Basta dizer que foi preciso dividir a mesa em duas fotos para se ter uma ideia do todo. Muitos e variados, pois houve um pouco de tudo. Na síntese possível, refira-se, nos portugueses, a grande viagem do passado e do tempo, por Yvette Centeno, em Do Perto e do Longe, uma história de mulheres, reflectidas em muitos espelhos, por Maria Manuel Viana, em O Verão de Todos os Silêncios, um amor romântico à luz do século XXI, por Maria João Martins, em Como o ar que respiras, e a literatura como conteúdo mas também forma, em O Filho de Campo de Ourique e Outras História, de António Figueira.
Nos Espanhóis, Ignacio del Valle apresentou Os Demónios de Berlim, o último volume de uma trilogia que inclui ainda O Tempo dos Imperadores Estranhos e A Arte de Matar Dragões. Nos três livros, a mesma filosofia: toda a história tem de ter "emoção, intensidade e intencionalidade".
Para o fim ficou O Dois Amigos, de Kirmen Uribe, um dos grandes livros da edição deste ano das Correntes. Explicando a génese deste romance, o escritor basco falou da necessidade que sentiu em contar o seu mundo, o mundo que conheceu desde a infância. Mas não o quis fazer de uma forma convencional. "Procurei escrever uma novela do século XXI", afirmou. E o resultado é uma narração "caleidoscópica" sobre o trabalho preparatório de um romance que nunca foi escrito. Com as sugestões que são dadas, cabe ao leitor ligar as pontas soltas. Preencher os espaços vazios.
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