Wednesday, February 23, 2011

Diário das Correntes XXV


"Na Conferência de Abertura, vou colocar-me no papel de um observador curioso", disse, ao JL, Álvaro Laborinho Lúcio, no artigo de antecipação das Correntes, que publicámos na edição que chegou hoje às bancas. E na sua intervenção inaugural cumpriu com o prometido. Assumindo esse olhar exterior, o ex-ministro da Justiça e da República nos Açores espreitou os temas das 10 mesas do encontro, naquilo que apelidou de um "prefácio".
Mas foi um prefácio que chamou para si a obra alheia, que tentou aproximar mais do que afastar. Recorrendo aos seus extraordinários dotes de orador, aqui bem comprovados, falou sobre as palavras e os universos que elas encerram. Falou de tolerância, de novas tecnologias, de utopias, de ética é de liberdade, sempre na companhia da poesia. Um diálogo à maneira socrática, que vê no confronto com o outro uma forma de chegar mais além. E de conceber um entendimento do mundo.
O público, encantando, manifestou-se, com palmas e perguntas. E alguém exclamou: "Ja valeu a pena ter vindo". E alguém acrescentou. "Bem que me disseram, vai que é bom". A corrente da Literatura começou.

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