"A impaciência de Pierre Gould não tem limites. No dia em que, sendo jovem, decidiu que seria escritor, começou por redigir uma nota testamentária para legar os seus futuros manuscritos à Biblioteca Nacional. No dia seguinte, andava pela cidade à procura de tradutores. No terceiro dia, registava duzentos títulos no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual. No quarto, telefonava aos jornalistas para garantir boas críticas. E dez anos mais tarde, continuava sem ter escrito uma palavra."
In O Extraordinário Pierre Gould, integrado no volume Contos Carnívoros, de Bernard Quiriby (Ahab).
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